Colesterol alto? O que você come pode ser mais poderoso do que você imagina

Mesa com vários tipos de alimentos expostos, demonstrando que a alimentação pode ser poderosa para quem tem colesterol alto.

Quando falamos em colesterol alto, a maioria das pessoas pensa logo em remédios. Mas a verdade é que, antes mesmo de considerar uma medicação, mudanças na alimentação podem ser extremamente eficazes — e, em muitos casos, até surpreendentes. Adotar padrões alimentares saudáveis pode reduzir o colesterol LDL (“ruim”) em até 29%, especialmente em quem já tem uma alimentação desequilibrada.

A comida que você coloca no prato todos os dias pode ter impacto direto no seu coração 

Não é sobre fazer “dieta” no sentido restritivo, mas sim escolher padrões alimentares que promovem a saúde. As estratégias mais recomendadas incluem a dieta mediterrânea, a DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension – Abordagens Dietéticas para Reduzir a Hipertensão), dietas vegetarianas ou com restrição de carnes, e dietas com baixo teor de carboidrato.

Se quiser entender qual dessas dietas é a mais indicada para o seu perfil, este artigo compara as 5 mais estudadas pela ciência > Qual é a melhor dieta para baixar o colesterol? Veja as 5 opções mais estudadas pela ciência.

Esses padrões alimentares não atuam apenas sobre o colesterol. Eles também ajudam a controlar a pressão arterial, reduzem o peso corporal e diminuem o risco de doenças cardiovasculares. E não precisa ser tudo ou nada: mesmo quem não consegue mudar todo o cardápio de uma vez pode começar com substituições pontuais, que já trazem benefícios.

Por exemplo:

* Trocar carne vermelha por peixe ou frango grelhado;

* Usar tofu ou grãos como fonte de proteína vegetal;

* Substituir pães e massas brancos por versões integrais;

* Trocar o refrigerante por água com gás, chá ou água pura;

* Passar pasta de amendoim natural no pão em vez de manteiga comum.

Essas trocas simples ajudam a reduzir gorduras saturadas, açúcares e calorias totais — todos fatores que impactam negativamente o perfil lipídico. Além disso, incluir fibras, castanhas e sementes na dieta pode potencializar os efeitos positivos.

E os suplementos?

Embora substâncias como ômega-3, levedura de arroz vermelho, berberina e extrato de chá verde possam ajudar, elas devem ser vistas como complementos — nunca como substitutos da mudança alimentar. É importante saber quais suplementos realmente funcionam e quais são arriscados.

Toda dieta serve para todo mundo?

É essencial considerar as condições de saúde individuais, como diabetes, hipertensão, pré-diabetes, sobrepeso, intolerâncias alimentares ou uso de medicamentos. Por isso, qualquer mudança alimentar mais estruturada deve ser feita com orientação profissional.

Qual dieta ideal para cada alteração?

Colesterol LDL (“ruim”) alto: reduzir o consumo de gorduras saturadas e o total de calorias

Triglicérides altos isoladamente: o ideal é cortar carboidratos simples

Triglicérides altos e HDL baixo (especialmente se estiverem acima do peso ou com pré-diabetes): se beneficiam mais com a dieta mediterrânea

Se você sente que mudanças alimentares parecem difíceis demais, lembre-se: você não precisa fazer tudo de uma vez. Comece com pequenas trocas. Seu coração, seu fígado e até seu cérebro vão agradecer. O que você come pode não só melhorar seu colesterol, mas também prevenir doenças e transformar sua qualidade de vida a longo prazo.

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Referências

  1. Vogel JH, Bolling SF, Costello RB, et al. Integrating complementary medicine into cardiovascular medicine. A report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Clinical Expert Consensus Documents (Writing Committee to Develop an Expert Consensus Document on Complementary and Integrative Medicine). J Am Coll Cardiol 2005; 46:184.
  2. Varady KA, Jones PJ. Combination diet and exercise interventions for the treatment of dyslipidemia: an effective preliminary strategy to lower cholesterol levels? J Nutr 2005; 135:1829.
  3. Jenkins DJ, Kendall CW, Marchie A, et al. Effects of a dietary portfolio of cholesterol-lowering foods vs lovastatin on serum lipids and C-reactive protein. JAMA 2003; 290:502.
  4. Chiavaroli L, Nishi SK, Khan TA, et al. Portfolio Dietary Pattern and Cardiovascular Disease: A Systematic Review and Meta-analysis of Controlled Trials. Prog Cardiovasc Dis 2018; 61:43.

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